14h00
Mesa 4: Racismo Algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas
redes digitais
Participantes: Tarcísio Silva e Douglas Calixto
Mediação: Jefferson Alves de Lima
Reconhecimento facial, filtros para selfies, moderação de conteúdo, chatbots, policiamento preditivo e escore de crédito são apenas algumas das aplicações que usam sistemas de inteligência artificial na atualidade.
Mas o que acontece quando as máquinas e programas apresentam resultados discriminatórios? Seriam “racistas” os algoritmos? O que podemos fazer para combater os impactos tóxicos e racistas de tecnologias que automatizam o preconceito? Apoiado em autores de referência e exemplos práticos sobre a incorporação de hierarquias raciais nas tecnologias digitais, o pesquisador e mestre em Comunicação Tarcísio Silva, reflete sobre o poder de decidir dos algoritmos, chamando atenção para os perigos do seu potencial discriminatório.
15h30
Mesa 5: Literatura Negra e Literatura Periférica no Brasil
Participantes: Cidinha da Silva, Paulo Lins e Oswaldo de Camargo
Mediação: André Augusto Dias
O percurso das literaturas negra e periférica a partir dos anos 1960 enfrentou questionamentos, barreiras, invisibilidade, oposição, pouca valoração. Mas, ao negarem o que sempre lhes fora naturalizado no senso comum e na história social do país, escritores, ativistas e intelectuais negros e periféricos abriram, com enfrentamento e resistência, um espaço incontestável na história da literatura brasileira. Isso pode ser observado no reconhecimento que o presente, por fim, confere a nomes como Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e outros autores negros da atualidade, como alguns destes, que participam desta conversa, hoje celebrados, premiados, e estudados. Da mesma forma, será abordado também o importante papel que desempenham as livrarias e editoras dedicadas à literatura negra.
17h30
Mesa 6: Memória, Identidade e Resistência na Literatura
Participantes: Elisa Lucinda, Eliana Alves Cruz e Teresa Cárdenas.
Mediação: Estevão Ribeiro
A mesa apresentará histórias presentes nas obras das autoras relacionadas com a recomposição da identidade e o empoderamento das mulheres negras em todo o mundo. No passado, a violência da diáspora arrancou os negros de suas terras, de seus laços culturais e sociais, para serem submetidos às línguas e culturas dos povos colonizadores, hoje, as guerras e a busca de melhores condições de vida provocam novos deslocamentos
territoriais. Porém, ao contrário do que se poderia imaginar, esses movimentos servem como mola propulsora para criar mitologias que ressignificam o imaginário das mulheres negras na literatura de diversos países, do Brasil, Africa e América Latina.