16 a 20 de novembro

Imaginário, Artes e Narrativas de Resistência e Transformação Social

A segunda mesa de debate do 13º Congresso de Educação Antirracista promovida na segunda-feira, dia 18/11, teve como tema principal Imaginário, Artes e Narrativas de Resistência e Transformação Social. Nela, pesquisadores de diferentes áreas refletiram sobre a potência da cultura como agente renovador da sociedade.

Para iniciar o debate, a mesa recebeu Mara Edith Pó Mac Kay Dubugras Machado, mestre em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi e professora da Faculdade Zumbi dos Palmares, em uma apresentação sobre os lugares de poder na Publicidade & Propaganda e no imaginário social. “A maioria de nós está convencida a defender um estilo de vida e que o lugar de fala é, na verdade, um lugar determinado pelo poder, e também defender que o lugar de fala é uma reflexão consciente do que é moderadamente problematizar paradigmas e conceitos”, afirmou Machado.

Em seguida, a doutora em Artes Cênicas da USP e professora da UNICAMP Gina Aguilar tomou a palavra para compartilhar sua experiência com o projeto aplicado na UNICAMP, baseado nos conceitos explorados por Lélia Gonzalez em “Améfrida Ladina”.  “Esse projeto visa aprofundar o conhecimento de experiências de ancestralidades latino-americanas, entre elas, especialmente as de origem negra e indígena, assim como propiciar trocas entre estudantes, professores, funcionários, comunidades, possibilitando a disseminação dos saberes afro e indígenas por meio das artes da presença”, explica Aguilar.

Para tratar da potência do ensino das cerâmicas, a mesa de debate recebeu Priscila Leonel, doutora em Artes e professora na UNESP, que conduz um projeto em Bauru, ensinando a prática para mulheres negras de regiões periféricas da cidade. “O nosso projeto não é só ensinar cerâmica. A ideia é que a gente faça essas oficinas e que, nessas oficinas, a gente discuta sobre ancestralidade negra, sobre questões de racismo, questões de identidade e, principalmente, sobre questões de memória, para que a gente possa valorizar essa memória”, ressaltou Leonel.

Além de Priscila, o também participante do projeto e mestrando em Docência na UNESP Gabriel San’tanna, complementou o depoimento com a dinâmica de ensino proposta. “Na   História, a cerâmica é um dos instrumentos que a gente usa para entender a cultura dos povos, para entender a língua deles, a formação desses povos, as estruturas sociais. Ela não está presente só como um artefato artístico, ela faz parte do contexto cultural que está presente ali. Trabalhar com cerâmica é trabalhar com esse contexto cultural e trazer à tona esse diálogo”, explicou.

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