12ª EDIÇÃO
congresso internacional zumbi dos palmares
O 12º Congresso Internacional de Educação, integrado à programação da Virada da Consciência, promovido pela Universidade Zumbi dos Palmares, destaca-se como um espaço vital para a discussão e reflexão sobre o futuro do Brasil. Com o tema “O Brasil que queremos ter”, o evento abordará questões cruciais nas áreas de Educação, Comunicação, Cultura e ESG, considerando a importância dessas agendas na transformação necessária da sociedade. A Universidade Zumbi dos Palmares assume o papel de protagonista na construção de uma narrativa renovada, mobilizando setores fundamentais da sociedade para a escrita de uma nova história. O congresso, marcado para os dias 16 e 17 de novembro, a partir das 19h, oferecerá um ambiente propício para a troca de ideias e experiências, visando contribuir efetivamente para a construção de um Brasil mais justo e inclusivo. O local do evento, a própria Universidade Zumbi dos Palmares, simboliza o compromisso com a diversidade e a promoção da igualdade.


PROGRAMAÇÃO
dia 16/11
Dia 16/11 - Mesa 01 - 19h
Mesa 01 – Combate a prevalência da estética dominante na comunicação – em busca da inclusão e promoção da igualdade
A comunicação antirracista é uma importante ferramenta para a formação de um conhecimento plural, que não aprisiona as pessoas pretas às amarras do racismo, libertando mentes de julgamentos pejorativos que demonizam pessoas pretas a partir de sua religião e cultura. Quem constrói o imaginário da população é quem de fato pode modificar conceitos até então pré-concebidos.
Seguindo as premissas e metas do Observatório da Diversidade na Publicidade esse painel irá dialogar sobre como a agenda racial encontra caminhos tangíveis no dia a dia das agências de publicidade e na imprensa brasileira. Os exemplos do mercado internacional serão abordados de forma a lançar luz sobre possíveis caminhos a serem adotados nacionalmente. A empreitada junto às empresas para o cumprimento das ambições ESG (quanto ao Social) e o aproveitamento do potencial da população negra também serão debatidos neste diálogo. A publicidade tem uma dívida história com a população preta por durante anos ter perpetuado uma imagem distante a de nosso povo e de nossa matriz africana.
Na ocasião, ao final do painel será viabilizada a assinatura por parte das agências de publicidade para disponibilização de bolsas de estudos – custeadas pelas agências de publicidade – para serem disponibilizadas à população preta e vulnerável.
Participantes:
Participações:
- Amilton Jesus dos Santos – Coordenador do curso de Publicidade de propaganda da Universidade Zumbi dos Palmares.
- Eneas Carlos Pereira – Diretor de programação da TV Cultura.
- Felipe Simi – CEO e CCO da Agência Soko.
- Flavio Carrança – Diretor do Sondicato dos Jornalistas.
- Carla Miranda – Editora de Inovação no jornal O Estado de São Paulo.
Dia 16/11 - palestra 19h
Tema: “Liderança Inclusiva e Desenvolvimento Sustentável de Carreira”
Palestra Internacional com Kimberly Brown, Fundadora da Manifest Yourself.
Dia 16/11 - Mesa 02 - 20h
Mesa 02 – A expulsão do racismo estrutural das telenovelas brasileiras – a hora e a vez do Brasil real
A televisão ainda é o maior canal de diálogo com a massa. Mesmo após a internet, as redes sociais… ainda é a TV quem pauta as principais e maiores discussões que inclusive repercutem nas redes sociais. Finais de campeonato futebolístico, programas de entretenimento como os realities shows e o final das telenovelas são trending topics nas redes sociais.
Desta forma a importância da televisão em reparar a imagem que por anos disseminou, de um Brasil irreal, formado apenas por famílias que destoam em cor e em verdade a real representação de nosso povo.
Quando a teledramaturgia se volta a uma inclusão não forçada, mas que demonstra a vivência de pessoas de diferentes origens e cores promove algo indispensável para o futuro que precisamos escrever.
Participantes:
- Josy Asca – Escritora e Pedagoga.
- Rafaela Queiroz – Diretora geral da agência Performics do Grupo Publicis.
- Sidney Santiago – Ator, pesquisador, militante do movimento negro e diretor de teatro.
- Walcyr Carrasco – Jornalista, dramaturgo, escritor e autor de telenovelas.
DIA 17/11 - MESA 03 - 19H
Mesa 03 – O ESG como ferramenta de oposição as formas de opressão – a promoção do social por meio da inclusão e o protagonismo de pessoas negras na agenda de sustentabilidade
Em tempos nos quais a discussão sobre o ESG (Ambiental, Social e Governamental) se acirram e que é cobrado por parte dos órgãos governamentais e do setor corporativo a ação e não mais os projetos que muitas das vezes não saem do papel, é necessário que a sociedade reflita sobre como a máxima de que a “representatividade importa” é necessária para promover a inclusão.
Através de um diálogo com diferentes setores da sociedade queremos analisar como o ESG pode (e deve) se fazer presente, materializado em nossa sociedade.
Quanto a agenda Ambiental, economia verde, descarbonização… qual o conhecimento necessário para enfrentar essa nova realidade? Quais os recursos humanos e como as universidades estão dialogando e preparando mentes para enfrentar os desafios que se põem à nossa frente? E ainda, como incluir os vulnerabilizados nessa discussão? A população negra, que mundialmente é a que mais vai sofrer com os efeitos da mudança climática está sendo considera no centro desses diálogos?
No contexto das pessoas, o Social, focaremos a análise a partir do ponto de vista da Comunicação. Apesar do pioneirismo de Glória Maria, como ainda hoje falta representatividade negra na imprensa brasileira? Seja nos telejornais ou nas redações, a imprensa brasileira carece de representatividade.
No que tange a Governança, como a decisões são fundamentais para a adoção de praticas justas e que contribuam com a diligência para mitigarmos práticas racistas no âmbito das empresas.
Participações:
- Acácio Jacinto – Gerente adjunto do Canal Futura.
- Antonio Fernando Pinheiro Pedro – Advogado e consultor da Pinheiro Pedro Advogados.
- Carol Jango – Diretora Geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).
- Letícia Vidica – Apresentadora, palestrante e escritora. Integrante do coletivo Herdeiras de Gloria Maria.
- Viviane Mansi – Diretora de ESG e Comunicação da Toyota e presidente da Fundação Toyota.
- Joyce Ribeiro – Jornalista e âncora do Jornal da Cultura na TV Cultura e Mediadora.
dia 17/11 - mesa 04 - 19h
Mesa 04 – Cotas ou Ações Afirmativas – lições do Brasil e além
O objetivo deste painel é fornecer uma visão geral do contexto histórico que levou à implementação do sistema de cotas no Brasil e políticas similares de ação afirmativa nos EUA. Os painelistas irão dialogar sobre os efeitos tangíveis do sistema de cotas na educação, quanto a oportunidades para afrobrasileiros e povos indígenas. E ainda analisar o quadro legal que envolve o sistema de cotas no Brasil, abordando quaisquer mudanças ou desafios que surgiram desde sua criação.
Por fim, a proposta é discutir potenciais caminhos para aprimoramento ou expansão do sistema de cotas no Brasil e políticas de ação afirmativa nos EUA.
Participações:
- Dr. Clifford Jaylen Louime – Fullbright Scholar da Universidade de Porto Rico (EUA).
- Dr. Gary Hanssen Gervais – Ex-voluntariado do Corpo de Paz na África – Universidade de Porto Rico (EUA).
- Jason Hughes – Congressista de LA de Nova Orleans (EUA).
- Dr. Richard Freeman – Fundação Joe Beasly de Atlanta (EUA).
- Dra. Tammy L. Holmes – Preirie View A&M University do Texas (EUA).
- Dra. Sônia Guimarães – Física, pesquisadora, professora universitária brasileira e mediadora.
dia 17/11 - mesa 05 - 19h
Mesa 05 – Barreiras limitantes no ensino superior – as universidades como vetor de transformação para uma sociedade plural
A formação superior não é um fim, mas sim um meio de viabilizar oportunidades para pessoas pretas que durante anos se viram à margem desse contexto. Ainda assim, como as universidades podem contribuir para que seu corpo discente venha a ser inserido no mercado de trabalho predominantemente branco, com acesso a níveis hierárquicos não subalternizados e com chances de construir um plano de carreira. Qual o papel dos reitores na construção de uma sociedade mais plural e que de fato seja acessível a todos?
Participantes:
- Dra. Maria Luzia Nunes Dumbo – Docente Universitária e Curadora da Fundação Piedoso.
- Dr. Roque do Nascimento Albuquerque – Reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira – UNILAB.
- Raiane Assumpção – Reitora pro tempore da Universidade Federal de São Paulo.
- Dra. Lili Pontinta Cá – Reitora da Universidade Amilcar cabral em Guiné-Bissau.
- José Vicente – Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.